O silêncio não é natural, é imposto!
Por que escondi minha verdade - e como transformei isso em ficção.
Quando o Silêncio se Torna um Grito Interior. Durante boa parte da vida, eu me senti cercado por silêncios — alguns impostos pela rotina, outros pela fé, e muitos por dentro de mim mesmo. Foi num desses silêncios, o mais profundo de todos, que Veridion nasceu. Afastado do trabalho por razões de saúde, enfrentando dores físicas e dúvidas existenciais, encontrei na escrita uma saída. Um grito. Uma forma de me reconectar com algo que sempre pulsou em mim, mas que eu nunca havia ousado transformar em palavras. Não sou escritor de formação. Não estudei literatura, nem tive mentores ou fórmulas. Mas tive ideias — intensas, vivas, insistentes. Tive visões, personagens, paisagens cósmicas que me visitavam como se já estivessem dentro de mim há muito tempo. E tive a coragem de escutá-los. Usei ferramentas de inteligência artificial como apoio criativo — não como origem. Cada escolha narrativa, cada símbolo e silêncio, foram guiados pela minha visão, pelo que eu acreditava que precisava ser dito. E que por muito tempo eu não disse. Porque, na verdade, Veridion não nasceu só do silêncio do universo. Nasceu do meu. Passei a vida escondendo minha condição de saúde — sou portador de distrofia muscular do tipo cinturas. Quase ninguém sabia. Carreguei isso em silêncio, com medo de ser limitado, julgado ou desacreditado. Mas ao escrever esse livro, decidi fazer diferente. Este livro é meu gesto de coragem. Meu romper de Véu. O Silêncio de Veridion não é só ficção científica. É uma carta aberta a quem já olhou para o céu e se perguntou por que ele cala — e a quem carrega um silêncio dentro de si, esperando para ser ouvido. Se você chegou até aqui, obrigado. Agora respire fundo. E ouça. Porque às vezes, o silêncio fala.
Rafael F.C.
5/27/20251 min ler


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